sexta-feira, 24 de julho de 2009

Guiñazu, uma palavrinha Guiñazu!!!!

Pablo Horácio Guiñazu, o "El Cholo" (como é conhecido na Argentina), é ídolo de 10 entre 10 colorados (dentre os quais, este quem vos tecla) pela raça e disposição mostrada em campo. Só o Maradona que não o enxerga, para a nossa sorte...

E além de sempre dar show com a bola no pé, o volante argentino inspira um dos momentos em que mais me divirto atualmente na televisão. É quando a galera do humorístico "Pisando na Bola", do SPORTV, resolve pegar no pé do jogador do Internacional.

Tavares, um dos humoristas do programa, coloca uma máscara de monstro para se "assemelhar" ao craque. Quando outro integrante do "Pisando", Alexandre Araújo, resolve tentar entrevistá-lo, eis que o falso Guiñazu sai em disparada, enquanto Araújo corre atrás, gritando:

- Guiñazu, volta aqui Guiñazu!
- Guiñazu, uma palavrinha Guiñazu!

Caia na gargalhada no vídeo abaixo:

sábado, 18 de julho de 2009

"Só se eu der com a marreta na cabeça dele"

Ainda no embalo dos 15 anos do Tetra, nada como se lembrar do cômico desentendimento de Galvão Bueno com o Rei Pelé logo após o fim de Brasil 1x1 Suécia, em jogo válido pela primeira fase da Copa de 94. A bronca vazou nas parabólicas e foi eternizada.

Não é à toa que Galvão, após o pênalti desperdiçado por Roberto Baggio, grita "Acabou, é Tetra" estrangulando Pelé, lhe dando uma gravata. Era a vingança em plena euforia.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O dia em que bebi água com açúcar

Hoje, 17 de julho, estamos celebrando 15 anos da conquista do Tetra. Um título que sepultou a chamada síndrome de vira-latas (by Nelson Rodrigues) que ameaçava regressar em razão dos 24 anos em que ficamos sem ganhar uma Copa do Mundo.

Tinha 10 anos na época, mas me lembro de tudo perfeitamente. O ceticismo reinava entre os brasileiros. Ninguém levava fé naquela seleção que suou para se classificar nas Eliminatórias (se não fosse aquela atuação endiabrada do Baixinho naqueles 2x0 sobre o Uruguai...), cujo técnico era fortemente execrado pela mídia e torcedores (cansei de ver campanhas da imprensa pedindo a volta de Telê Santana, então no auge no São Paulo). Eu era um dos pessimistas!

Acompanhei jogo a jogo da Copa de 94, comprava tudo referente à competição, como revistas, jornais, figurinhas, bandeiras... sem contar minha coleção de tabelas dos jogos. Saudades daquelas tabelinhas da Caixa, que vinham com as bandeirinhas dos países para colarmos nos confrontos a partir das oitavas-de-final até a decisão. Marcante também foi a comoção pelo assassinato do zagueiro colombiano Andrés Escobar, após este anotar um gol contra que desclassificou sua seleção, apontada como uma das favoritas ao título, na primeira fase.

Lembro da semifinal contra a Suécia. A partida ocorreu à noite, pelo horário de Brasília. Os escandinavos fizeram uma senhora retranca, com direito a pulinhos saltitantes do irreverente (e ótimo) goleiro Ravelli na linha de fundo e a Globo soltando uma vinheta de gol num chute do Mazinho em que a bola bateu na rede pelo lado de fora, após o zagueiro tirar em cima da linha a conclusão de Romário.

Após o gol da vitória, marcado de cabeça pelo Baixinho, não hesitei e saí pra rua para festejar a nossa primeira final de Copa desde 1970. Era por volta de onze da noite. Tinha só 10 anos de idade. Minha mãe ficou apavorada...

No dia da decisão, meu pai era o mais nervoso. O reflexo disso tudo é que ele sempre alega torcer contra a Seleção (até hoje ele é assim, ainda mais com todos os jogadores hoje atuando na Europa). Naquele 17 de julho de 1994 não foi diferente. Evitando querer assistir à final contra a Itália, ele não parava quieto, sempre se distanciava da TV e, do lado de fora da casa, bradava que o Brasil ia perder. Numa partida tensa como aquela, suas afirmações soavam como uma cruel tortura psicológica. Na verdade, tudo era fruto de seu profundo nervosismo.

Lá pela metade da prorrogação, logo após o gol perdido por Romário na pequena área, minha tensão chegou ao limite. Então, cheguei pra minha mãe e pedi a ela uma água com açúcar.

Nunca havia tomado. E tampouco voltaria a bebê-la depois daquele dia. Porém, como sempre dizem que água com açúcar serve para acalmar os nervos... Minha mãe preparou a água pra mim em plena prorrogação e a bebi, sem saborear. Afinal, aquilo tem um gosto esquisito! E nem surtiu muito efeito...

Hora dos pênaltis! Nem preciso dizer o sofrimento que foi, né?

E enquanto isso, meu pai continua escondido. Volta e meia, ele aparecia do nada. Vendo que a partida não saía do 0 a 0, novamente se retirava.

Após Roberto Baggio mandar a bola para as nuvens, o desafogo foi geral. O grito preso à garganta enfim se libertara. Galvão Bueno esguelava Pelé enquanto gritava "Acabou, é tetra!". No SBT, a figura do boneco Amarelinho (D) radiante reinava (lembram-se do Amarelinho? Marcou minha infância). O não tão vistoso futebol pragmático de Carlos Alberto Parreira, em preterição ao futebol-arte, enfim rendia frutos!

E a minha maior lembrança do Tetracampeonato não responde pelos gols de Romário, nem pelos palavrões de Dunga enquanto este erguia a taça: trata-se do sumiço de meu pai após a confirmação do título. Mas ele não estava longe. Apenas situado na frente de casa, no meio da avenida em pleno trânsito, gritando, comemorando e se rolando no asfalto, tal qual um doido varrido.

15 anos... Caramba, parece que foi ontem!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Xô, zica!!!!

Primeiro este blogueiro que vos fala cravou no Palpitão o Inter como campeão da Copa do Brasil. Teve de aturar festa corintiana em pleno Gigante.

Agora, após confiar no tri cruzeirense, eis que o Estudiantes silencia o Mineirão...

Com a vassoura em forma de batuta de "La Brujita" Verón, são os argentinos de La Plata quem vão pra Dubai desafiar o poderoso Barça. Dizem que, por serem "estudiantes", pagarão meia passagem...

Que não comecem a me tachar de Pelé dos palpites, já que sabemos que, disso, o Rei do Futebol não manja nada. Entende?

domingo, 12 de julho de 2009

Num ônibus porto-alegrense... (crônica)

Tanta gente reunida num curto espaço, sentada ou espremida em pé, cada qual com seus problemas. Não contando o atraso iminente, o olho no relógio... A maioria não pronuncia nenhuma palavra, mantendo o semblante fechado. Há quem leia o jornal para passar o tempo. Tem aqueles que procuram dar uma última revisada no polígrafo de universidade, a poucos minutos do professor aplicar a prova. Ou simplesmente se desligam dos acontecimentos, com MP3 players a postos, sintonizados em uma rádio FM ou executando uma das músicas selecionadas nos respectivos playlists. É o ambiente diário no interior de um ônibus da linha T1 Direta.

Nesse marasmo rotineiro, é possível ouvir o toque de um telefone celular. E a dona do aparelho, sortuda por estar relaxada no assento ao contrário dos que permanecem em pé se apoiando nos ferros prateados, o atende, enquanto observa um poema bastante sugestivo colado no vidro da janela.

Um erro na janela do ônibus
É um erro passageiro

Quando alguém atende o celular no veículo, o monólogo parece ser universal:

- Alô! Eu já tô chegando, tô no ônibus! Tchau!

O cobrador, colocado em sua cadeira, boceja. Irá encarar mais um dia de trabalho árduo. Muitos divergem na agilidade. Por exemplo, uns deixam os estudantes que postam carteiras escolares passarem direto na catraca. Mas outros fazem os jovens passageiros esperarem uns segundos, já que seguram a sua carteira para anotar na tabela os números de cada um. Nesse último caso, dependendo do movimento da parada, acabam provocando grandes filas e iminentes atrasos. Nem é preciso comentar os assobios ou o “fecha”, senha para que a porta traseira seja fechada a fim de que a viagem prossiga.

No painel acima da direção do ônibus, há a clássica frase “Não fale com o motorista”. Porém, volta e meia alguns idosos, dispensados de pagar passagem, iniciam uma conversa com o condutor, que consegue dialogar sem se distrair na empreitada. O cobrador também costuma participar. Quando não são pessoas com mais de 65, os encarregados de desobedecer a clássica norma do transporte coletivo passam a ser funcionários da Carris, de expedientes encerrados. O teor do papo geralmente é animado, com as vozes sendo ouvidas até por quem está no fundão.

Num dos assentos, um jovem casal de namorados troca carícias, coincidentemente abaixo de mais uma poesia fixada na janela.

Beijo
Um segredo dito
À boca
No lugar do ouvido

O vão central para cadeirantes é quase sempre ocupado por passageiros sem lugar para sentar. Mas quando surge um passageiro portador de deficiência física, é de se exaltar as mobilizações de motorista e cobrador. Ambos abandonam seus postos, soltam uma rampa presa no piso, e ajudam a trazer o cadeirante para o interior do veículo. Em função da ação executada, o ônibus fica parado em torno de um minuto até continuar seu trajeto.

Sentada na cadeira de rodas, a passageira, que aparenta não possuir os movimentos tanto de membros inferiores quanto superiores, fixa seu olhar para a parte interna do ônibus a fim de explorá-lo. Permanentemente com a boca aberta, de semblante semelhante a um indivíduo vegetativo, a moça, que aparenta ter uns 20 anos, mostra ter curiosidade sobre tudo o que lhe cerca. Chega a lembrar um bebê em um lugar diferente de sua casa ou até um animal fora do habitat natural.

Ao seu lado, e segurando a sua mão, permanece de pé uma senhora de mais ou menos 50 anos, mas que aparenta mais provavelmente em função dos problemas com a doença da filha. É notório que prevalece na mãe um espírito guerreiro, com predominância do otimismo, graças à feição que chega até a descrever tranqüilidade. Guerreira mesmo, porque é difícil disfarçar a aflição no patamar irreversível em que sua filha se encontra. A viagem da cadeirante e de sua mãe dura poucos metros. O ônibus pára mais uma vez para que motorista e cobrador possam retirá-la do veículo.

Vai-se a luta, entra em cena a soberba. A mais ou menos um quilômetro do Shopping Iguatemi, ouve-se um grito da porta traseira.

- Ei, quero sair!

Poucos notam o protesto. Daí sua continuação.

- Ô motorista! Abre essa porta! Já passou da minha parada.

Por mais incrível que possa parecer, o princípio de fúria é pertencente a uma senhora, também aparentando mais de 50, porém bem mais produzida com relação à mãe da menina com paralisia cerebral. Bem vestida e com maquiagem exagerada, lembra aquelas grãs-finas da alta sociedade ou até mesmo mãe da vilã e, ao mesmo tempo, sogra da mocinha pobre de novela mexicana. Sua presença no ônibus é tão inusitada quanto um executivo de terno e gravata na praia.

O cobrador justifica à mulher revoltada o seguimento do trajeto por parte do motorista.

- Esse ônibus é de linha direta, não pára em todas as paradas. Agora só no Iguatemi...

“Pára” e “paradas” numa mesma frase pelo menos no Sul não soa tão feio. Afinal, alguém já notou a gauchada se referir a um “ponto de ônibus”? O mesmo serve para outras expressões como “goleira” e “sinaleira”. Voltando ao atrito entre a passageira e o motorista: as palavras do cobrador entraram por um ouvido e saíram pelo outro. E continuou gritando:

- Estou atrasada para meu compromisso. Vai abrir essa m... ou não?

Todos os demais presentes no ônibus presenciavam aquela irritação em excesso, bastante característica do estresse. Como partia de uma senhora indefesa (ao menos no biótipo), algumas risadas com as mãos levadas à boca já eram comuns no interior do veículo, que seguia em frente e cada vez mais distante do lugar onde ela pretendia descer.

Cansada de gritar e percebendo que o cobrador não lhe dava mais confiança após este explicar por duas ou três vezes o motivo pelo qual o ônibus não parava, a mulher passou a investir em pontapés na porta do veículo. A essa altura do jogo, já virara o centro das atenções. Dez entre dez olhos fitavam a senhora com porte de madame partindo para a ignorância dentro de suas limitações. Tanto que sequer notavam um dos poemas colados que involuntariamente ironizava a situação.

Cria, imagina, inventa
Usa a parte colorida
De sua massa cinzenta


A poucos metros do ponto no Shopping Iguatemi, a senhora, já ciente de que seu escândalo fora inútil, resmungou alto:

- Ainda bem que vou sair desse inferno e voltar para o meu Rio.

Um dos jovens passageiros que se divertia com a cena aproveitou para desmoralizá-la ainda mais, utilizando o conhecido orgulho de ser gaúcho:

- Aqui que é terra boa. Rio de Janeiro é uma m...

As gargalhadas já proliferavam no ônibus, e o cobrador se juntava à turma, com o sorriso até os dentes escancarado. A mulher, ao ver que até ele lhe debochava, resolveu tirar a vassoura da estante e ferver a água do caldeirão:

- Vai rindo vai! Você não sabe do que eu sou capaz! Um dia você vai se ver comigo!

Ecoou então em todo o ônibus o coral de um gemido de espanto. Lógico que em tom de ironia.

Até hoje o cobrador está curioso para saber como será a vingança da senhora estressada. Na realidade, ela deve se lembrar com bom humor o incidente sob o sol das areias de Copacabana. Para a gauchada, a verdadeira Cidade Maravilhosa está às margens do rio Guaíba.

O passageiro do T1, tanto de linha normal como direta, hoje se surpreende ao ver um telefone via cartão em pleno interior do veículo. Porém, surpreso com a novidade – pioneira no país -, ele ainda a fita espantado, sem saber como usá-la. Quem sabe esse aparelho telefônico não inspirará novas histórias dentre a monotonia das viagens de ônibus.

Mas... monotonia, mesmo?

Crônica escrita em 2007

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sobre Galvão Bueno...

Quantas vezes, durante a transmissão de hoje, Galvão disse que "O CRUZEIRO É O BRASIL NA LIBERTADORES"? Haaaaaaaaaaaaaaaja... paciência!

E um Palpitão do Marcão extra, pra final da Recopa: LDU 1x2 Inter. E vamos levantar de vez a moral para ganharmos o Brasileirão!!!!