segunda-feira, 22 de junho de 2009

Djalma Beltrami = Confusão

Quem assistiu aos instantes finais de Santos x Atlético-MG, que fechou a 7ª rodada do Brasileirão, ficou estupefato com o que viu... porém, bastou puxar um pouco pela memória para a sensação de surpresa reduzir-se gradativamente.

Djalma Beltrami, após prometer quatro minutos de acréscimo na partida disputada na Vila Belmiro, encerrou o jogo aos 47 do segundo tempo, deixando de dar os dois minutos restantes. O placar era de 3 a 2 para o Galo. Alertado pelos jogadores santistas e pelo técnico Vágner Mancini (que invadira o campo), Djalma se deu conta do erro e resolveu recomeçar a partida. Para isso, foi necessário afastar alguns jornalistas e fotógrafos que já haviam invadido o gramado... e chamar de volta alguns jogadores do Atlético, que já se encontravam no vestiário.

Após o reinício do jogo, falta a favor do Santos pelo lado direito. 50 minutos da segunda etapa. A bola é alçada na grande área. Molina se projeta entre a zaga atleticana e confere de cabeça, empatando a partida. Mas eis que Djalma Beltrami novamente centraliza as atenções e anula o gol, alegando "falta de ataque". Acontece que não deu pra ver absolutamente nada de irregularidade no lance, nem impedimento, nem toque de mão e tampouco falta. Resultado: foi mantido o placar de 3 a 2 para o Atlético.

Djalma Beltrami possui um invejável currículo de trapalhadas na arbitragem:

- Pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil 2005, Paulista e Internacional decidem a vaga para a próxima fase nos pênaltis. Perdigão é o último jogador colorado a cobrar. Após o chute, a bola bate no travessão, quica dentro do gol e volta para a pequena área. O replay do lance confirma nitidamente o gol. Porém, nem Beltrami e tampouco o auxiliar percebem que a bola entrou, consideram o lance como pênalti perdido e decretam a classificação do Paulista para as quartas-de-final da competição, da qual o time de Jundiaí se tornaria campeã. Detalhe: o técnico do Paulista também era Vágner Mancini.

- Beltrami foi o árbitro da célebre "Batalha dos Aflitos", como ficou conhecida a dramática decisão entre Náutico x Grêmio na Série B em 2005. O juiz marca um pênalti duvidoso a favor do Náutico, alegando que a bola batera no braço do volante gremista Nunes (o braço estava colado ao corpo, não caracterizando a penalidade). Os jogadores do time gaúcho protestam por longos 20 minutos, mas Beltrame permanece irredutível e ainda expulsa quatro jogadores do Grêmio. O pênalti é enfim autorizado, e o lateral Ademar desperdiça, com Galatto praticando a defesa. No lance seguinte, o Grêmio, com apenas seis jogadores na linha, marca o gol da vitória através de Anderson, hoje no Manchester United, e o tricolor gaúcho retorna à elite do futebol brasileiro.

- Última rodada do Brasileirão 2007. O Goiás joga sua permanência na Série A contra o Internacional. A partida está 1 a 1. No início do segundo tempo, Beltrami marca um pênalti para a equipe goiana. Paulo Baier cobra duas vezes e o goleiro colorado Clemer pratica a defesa em ambas. Porém, o polêmico árbitro manda voltar as duas cobranças, alegando que Clemer se adiantara. O meia Elson assume a responsabilidade e, no terceiro pênalti, marca o gol que garante a permanência do Goiás na Primeira Divisão (e decreta o rebaixamento do Corinthians, que ficara no empate de 1 a 1 com o Grêmio).

Armando Marques, José de Assis Aragão e Wilson Souza de Mendonça, pelo jeito, continuam fazendo escola...

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